O pagamento das dívidas do Estado às empresas é um dos principais temas do Conselho de Ministros extraordinário de hoje. É bom que assim seja. Espera-se que da reunião resultem decisões que introduzam justiça nas relações entre o Estado e as empresas. Designadamente, que se elimine a injustiça de o Estado cobrar juros quando os seus devedores se atrasam, mas se considerar isento de tal pagamento quando ele próprio se atrasa. Espera-se igualmente que da reunião resultem decisões que rápida e efectivamente possibilitem que o Estado pague os cerca de 2 mil milhões de euros que deve às empresas.
Vejamos, aliás, o seguinte: a disponibilização de garantias aos bancos num valor 10 vezes superior foi aprovada num abrir e fechar de olhos, e os principais bancos nacionais já vieram dizer que tencionam accionar tais garantias. Não se percebe bem, portanto, o porquê de tanta hesitação para disponibilizar verbas 10 vezes inferiores àquelas que foram oferecidas como garantia ao sistema bancário. A economia reduz-se aos bancos? Não, pois não?
Mudanças: Glob@ctivism
Há 8 anos
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