Depois da banca e das seguradoras, agora é o sector automóvel a entrar em crise.
Entre estes casos, um ponto em comum: a crise e/ou falência de um punhado de empresas dá origem a uma crise mundial. Ou seja, existe um ratio perfeitamente absurdo entre o número de empresas que estão na origem da crise e o carácter mundial dessa mesma crise (medido, por exemplo, em termos da quantidade de países envolvidos e do número de pessoas directamente afectadas).
Já sabíamos que, mesmo nos períodos de funcionamento normal do sistema, as grandes concentrações de capital e poder são perigosas, não porque não criem riqueza, mas porque a distribuem de modo muito desigual. Agora aprendemos também que, nos períodos de crise, propaga-se facilmente a ideia de que essas concentrações adquiriram tal importância que não podem deixar de existir. Em consequência disso, todos nós somos convocados a contribuir para o seu sustento, para a sua preservação, pervertendo-se assim a lógica de mercado que supostamente terá estado na origem dessas concentrações.
Como diz Robert Reich, se essas concentrações se tornaram tão grandes que não podem fracassar, então é porque pura e simplesmente são demasiado grandes.
Mudanças: Glob@ctivism
Há 8 anos
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