31 maio 2009

Eleições para o parlamento europeu- o caso de Portugal

Independentemente da opinião que se tenha sobre o rumo da União Europeia, designadamente quanto à ausência de uma politica externa comum, para não falar de outra dimensão de igual ou de maior importância como é a incapacidade para definir uma politica social europeia que obrigue todos os Estados membros, a verdade é que Portugal aderiu a esta estrutura supranacional em 1986.Também é verdade que no próximo dia 7 de Junho se irão realizar as eleições para o Parlamento Europeu.Sabemos que estas eleições não estão a despertar grande interesse dos eleitores Europeus. As previsões apontam para uma percentagem elevada de abstenção, o que não será de modo nenhum indiferente aos erros sucessivos e às omissões repetidas e, digo eu, deliberadas dos senhores da Europa que, contrariando a vontade dos seus fundadores, afastaram os cidadãos europeus da construção de um espaço politico e social que sempre foi o deles .Mesmo assim é deveras lamentável constatar que em Portugal a campanha eleitoral para as próximas eleições do dia 7 de Junho não tenha tratado assuntos da Europa. Mais parece que estamos em campanha eleitoral para o Parlamento nacional. É pena mas não estranho, tendo em conta que a politica nacional é histórica e estruturalmente provinciana.Como provinciano é(obviamente porque é do seu interesse pessoal e também do conjunto de interesses que ele mobiliza e protege) o que acabo de ouvir no canal público de televisão do Senhor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa( o senhor Professor como o trata a entrevistadora...) quando afirmou que no próximo Domingo quem estiver de acordo com a politica de Sócrates vota sim, quem não estiver de acordo vota não.É para afirmações como esta que foge á verdade e confunde em vez de esclarecer que a televisão pública paga a este comentador ? Enfim, simplesmente lamentável o espectáculo a que estamos a assistir...