16 agosto 2010

PASSOS COELHO E CAVACO SILVA

Pedro Passos Coelho resolveu reaparecer na politica com uma declaração pública que, no mínimo, é enigmática. No essencial disse aquele dirigente partidário que o governo deve governar, caso contrário o Presidente da Republica deve exercer as suas competências e dissolver a Assembleia da República, convocando eleições antecipadas, até porque, lembrou, pode tomar essa decisão até 9 de Setembro. De facto não se percebe para quem é dirigida a mensagem. Será que é para o partido do governo, mas não com o sentido dramático do discurso proferido, pois do que nesta hipótese se trata é de ganhar espaço para discutir e influenciar a elaboração do próximo orçamento de Estado? Ou será que pretendeu criar um embaraço a Cavaco Silva obrigando-o a tomar uma posição ou a assumir a responsabilidade futura de não tomar qualquer decisão com todas as consequencias para o próximo acto eleitoral, incluindo o aparecimento de um outro candidato às eleições presidenciais na mesma área politica? Qualquer que tenha sido a intenção, a verdade é que Pedro Passos Coelho ao fazer esse discurso revelou que rapidamente aprendeu a forma rasteira de fazer politica.

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